sexta-feira, 4 de julho de 2008

Torpe Noite

Iniciada a noite num ataque de ansiedade, em nada me tranquilizou o constactar que a coutada, onde pretendia ir caçar, estivesse fechada. Toda a comitiva teve de se dispersar em jogos de reconhecimento, buscando, nos terrenos disponíveis, algumas presas que compensassem a empresa.

Mas disperso e cansado...
Que irei dizer ainda?
O sono toma de assalto a minha vontade, que se degladia com um ténue desejo de alguma escrita produzir. Mas como? Como concentrar a criatividade quando o corpo me suplica tréguas?

Os batedores e atiradores encontraram belos troféus que perseguem com ânimo e sucesso. Mas eu não consigo mais que me arrastar no meu pavilhão de caça.
A noite fresca e graciosa convida ao deambular sonhador, sem rumo, pelas veredas labrínticas do bosque encantado pelo luar.
Mas a mim apenas o lângor controla.

Terei de abdicar, desta vez. Renunciarei, até ao amanhecer. Amanhã virei avaliar os despojos da caçada.

2 comentários:

São disse...

Muito bom texto...
Boa semana.

ManDrag disse...

São
Obrigado pela visita e bem hajas pela presença.
Uma eterna boa semana para ti também Amiga.