quinta-feira, 14 de junho de 2012

INVISÍVEL



Como vidro
Fino alabastro, do mais fino que se possa encontrar
Em velhos tesouros egípcios, enterrados de séculos.
Estando sem ser visto
Andando sem ser notado
Agindo sem ter vivido.
Olhos não vêm, mãos não tocam
Sigo incógnito por uma vereda deserta e espinhosa
Sombra de mim mesmo
Sombra da minha sombra
Intocável
Inacessível
Inalcançável
Para sempre só!
Porque não escutado.
Silêncio de desfiladeiros que nunca ninguém visitou
Nunca ninguém explorou
Nunca ninguém perscrutou.
Assim me ergui
E assim me irei declinar
Para jazer desconhecido no eterno como fora no mundo
Dos vivos.