terça-feira, 26 de agosto de 2008

A Rocha

Ofuscante,
O Sol.

Infinito deserto,
Desenhando o Horizonte
Além do teu alcance.

Jazes imóvel,

Como se a Vida já se tivesse retirado,
Apagado o seu fôlego,
Silenciado a sua canção
O cântico murmurado dos momentos que se sucedem,
Inexoráveis.

Respiro o fogo
Que me consome as entranhas,

Minhas palavras são labaredas
Que se disspam no ar seco do Vazio.

Espero

Firme

Rocha sem rumo.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Solidão, Minha Amada

Solidão!

Oh, minha Amada Companheira!

Fidelíssima Senhora, sempre presente nas minhas horas de amargura.

Só tu sabes como me enxugar as lágrimas de sangue
Escorrendo de meu Coração tão esquartejado.

Feliz, eu! Por te ter como Guardiã.

Em que melhores mãos poderia eu repousar minha Alma atormentada?

Oh, Solidão!
Minha querida.

Só tu consegues escutar meu débil lamento
Só tu entendes meu choro
Só em teu colo eu encontro a Paz para meu sono tranquilo.

Te louvo e venero, Senhora minha!

Por ti eu percorro a estrada de vidros partidos,
Pois sei que tuas Lágrimas lavarão minhas chagas
E teu Sussurro aplacará minha dor.

Soubessem todos confiar em Ti...

Doce Senhora...

Cândida Parceira...

sábado, 9 de agosto de 2008

Renascente

O Dragão brilha em Fogo!

O Dragão distende as Asas,
Reluzentes ao Sol Nascente.

Ah! O Sangue correndo nas veias,
Inflamando o rubor dos Raios Matinais no extremos da Vitalidade.

A Alma renasce a cada novo pulsar,
Uma e outra e mais outra vez
Ainda.

Ninguém nos pode deter!

A Força é Minha!

A Coragem é Minha!

A Vitória é Minha!

O Dragão vai Voar de novo!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Bico da Agulha

Apenas me resta o bico duma agulha.

A Montanha desabou!

O Dragão se empoleira no alto da escarpa aguçada
Garras cravadas nas arestas cortantes.

O Abismo continua o seu apelo constante.

Melopeia encantatória de provação.

A Voz do Vazio!

Não temo espectros
E medonhas criaturas,
Que se elevam perante e acima de mim.

Se uma garra resvalar,
As outras me suportarão.

Prevalecerei!