terça-feira, 18 de novembro de 2008

Prostração

Fitando o Vale,
Esquecido do Tempo,
O Dragão perscruta a Névoa Negra
De ameaças e emboscadas
O Deserto árido onde Meu Senhor Seth me desafias,
Acoitado em cada prega do arenoso solo
Infértil

Anpu,
Senhor Meu Amado!
Sê meus olhos!
Sê minhas mãos
Tacteando o Vazio diante mim!
Sê paciência em mim
Na longa espera!

Quem são os rostos que chegam 
E logo partem?
De quem são os olhos que observam e nada vêem?
De quem são as mãos que não tocam?

Os passos idos e vindos
As veredas perdidas 
Em bosques de encantamentos
E ilusões!

E ganas de gritar todos os Silêncios do Mundo!!!

Quebradas as Asas,
Arreado e destroçado,
O Dragão fita a planura 
Dum Vazio imenso.

Impossível planar
Sobrevoar os Verdes Prados 
As Escarpadas Montanhas
Os Picos Nevados.

Interdita a escapada.

... ... ...

A agonia de assistir!
Impotente!!!