terça-feira, 15 de julho de 2008

Não Soçobrar

As Fúrias me assediam!

Olho em volta e escuto.
A paisagem desolada duma depressão colectiva se sobrepõe à minha coragem de prevalecer.
Vacilo e falta-me o fôlego. Estarreço e espero!

Uma angustiante irritabilidade me assola, negando a minha paciência de escutante atento e prestativo.
O desapontamento é uma evidência indisfarçável, mas cautelosamente escondida.
Não quero fugir, nem me ausentar. Espero apenas que o mundo se aquiete... e me deixe respirar.
Eu sei que posso arrostar o fardo, desde que as forças não me sejam traídas por aqueles que deveriam estar ali apenas para me lembrarem do caminho.

Derrotado o corpo a alma esbraceja à tona, tentando não se afundar.

Não soçobrar!

Sem comentários: