segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mutismo

Que posso dizer?...

Minha vereda segue entre um prado florido
E uma parede de silvas espinhosas.

Colhemos dos jardins que plantamos.

Talvez tenha eu sido um mau jardineiro
Nas escolhas que fiz.

Arrependimento?...
Nunca me arrependo.
Tudo serve de aprendizagem.

Lamento?...
Ah sim!
Lamento que tudo o que parecia ser belo e florido,
Se tenha tornado acre e vil.

Mas logo sacudo a cabeça ao vento
E este me traz o Amanhã.

E o Amanhã começa hoje,
Começa agora.

Não iria ficar roçando nos espinhos ignóbeis da arrogância filha da mesquinhez.

Meu olhar fita longe,
Fita Alto!

Minhas asas anseiam por se estender em novos voos...
Mais Altos...
Sempre mais Altos!

O Trono a meu lado está vago...

Avança pois, Donzel gracioso,
Ousa ocupá-lo!

Teu será por Direito,

Se o souberes dignificar.

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