quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Phoenix

Phoenix irisada

Ergo-me, qual espectro
Das cinzas incandescentes
Em que me enterraram.

Mas não me derrotaram.
Quem pode acusar?
Apenas os Deuses Julgam.

Derrubado, castigado, mutilado
Eu permaneço Eu!

Apenas me submeto ao meu Senhor!
Anpu Amado!
E à Sua Vontade,
O Caminho que ele me Indica e Aponta.

Pois sei,
Que aí colherei os Frutos de Ouro,
Os Aromas da Virtude.
A Paz de me regenerar a cada passo.

Me lanço
De novo e sempre,
No Voo intrépido da Vida.
Quem puder
Que me acompanhe.
Os débeis ficarão para trás.

Minhas Asas são o Fogo da Vontade!

O meu Voo é Alto e Além!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

No Deserto de Seth

O Tempo parou!

A Terra respira
E Eu respiro com Ela.

No Deserto de Seth 
Encontrei tranquilidade.

Ré me abraçou,
No aconchego das suas Flamas
De Amor e Vida.

Sou um novelo ressequido
Soprado pelo Vento.
Vou ao sabor da Luz.

Meu poiso é Nenhures.

Aspiro a Paz.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Não Perdido

Cego,
Mas não perdido,
Avanço!

Minhas garras sangram o solo
Ao caminhar
Arrasto comigo
O peso das asas tolhidas,
Rasgadas,
Mas não amputadas.

O Tempo é meu Mestre.

Sinto no ar denso
A pestilência da degradação
Os gemidos e lamúrias que me rodeiam
Ao passar.

Meu Coração está longe!
Minha Alma almeja Alto!

Moribundos sem redenção não me deterão!

Meu propósito é chegar!
Meu destino...
Apenas o Meu Senhor Anpu o sabe.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Neve Negra

Frio,
Nevoeiro

Gelada, 
A neve negra
Cai espessa,
Sufocando pegajosa.

O viscoso breu me gruda as asas,
Tolhe o voo.

Prostrado,
Cego,
Caído na ignomínia da impotência
Dos que tombam sem haver lutado.

Resisto ainda!

Em Coração de Dragão
Arde o Fogo que jamais alguma negridão
Poderá extinguir.

Os Céus e Infernos serão meu pasto!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O Apelo de Seth

Vou cravar as garras no granito,
Até a Montanha sangrar!

Vou cavalgar todos os Céus!

Fúria é o meu rugido!

Fogo a minha dádiva!

De tormento
De pavor
De angústia!

Vou invadir cidades e aldeias,
Verdes prados ponteados de papoilas.
Por todos os recantos semear cinzas!

Perseguir incautos e astutos
A todos amesquinhar na sua soberba,
Cretina.

Cretinos!

Declaro guerra ao Mundo!!!

Seth!!! 
Senhor das minhas mágoas!
Que me inspiras blasfémias
E me incitas à arrogância.
Eu me submeto à tua Vil Vontade!

O meu Voo hoje não é de bodo,
Senão uma condenação a suplícios Maiores.

Teu Negro Sangue me corre nas veias
Tua Índole malévola me inspira tormentos
Teus Olhos de perfídia me mostram as cúrias abjectas
Parasitas do nojo
Vermes da cobiça
Lacaios da Ganância!

Eu me vou a eles! Ímpio Senhor!
Eu sou um agente da tua Crueldade!
Eu sou a mão que empunha o Teu Sabre da Ignomínia!

Venham a mim, trastes!!!