segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Encruzilhada de Abismos

Cai a noite,
Desce seu manto gelado
Sobre um dia que não conheceu o Sol.
A quietude é um espasmo do Tempo.

Dois olhos espreitam entre as nuvens,
Vestes dum cruel inverno,
O frio crepita nos dedos que afastam os Véus
Cautelosamente,
Como se a emboscada estivesse montada.

O Dragão suspende a respiração
Espera o sinal
A leve brisa lhe trazendo aromas de longínquas paragens

A respiração da Terra
O brando pulsar duma vida ressurgindo da longa hibernação.
O despertar numa encruzilhada de abismos.

Os sentidos alerta.
As asas em tensão.
A espera que não pode ser expectativa.

3 comentários:

Serginho Tavares disse...

Definitivamente você disse tudo meu amor. A espera não pode ser expectativa.
Nunca.







Te amo

Leandro Cordeiro disse...

Aplausos em pé...
Merecidos aplausos...
Belo mais que belo!

São disse...

E será que a emboscada não estará mesmo montada?
Coragem na viagem.
Boa semana.