Esquecido do Tempo,
O Dragão perscruta a Névoa Negra
De ameaças e emboscadas
O Deserto árido onde Meu Senhor Seth me desafias,
Acoitado em cada prega do arenoso solo
Infértil
Anpu,
Senhor Meu Amado!
Sê meus olhos!
Sê minhas mãos
Tacteando o Vazio diante mim!
Sê paciência em mim
Na longa espera!
Quem são os rostos que chegam
E logo partem?
De quem são os olhos que observam e nada vêem?
De quem são as mãos que não tocam?
Os passos idos e vindos
As veredas perdidas
Em bosques de encantamentos
E ilusões!
E ganas de gritar todos os Silêncios do Mundo!!!
Quebradas as Asas,
Arreado e destroçado,
O Dragão fita a planura
Dum Vazio imenso.
Impossível planar
Sobrevoar os Verdes Prados
As Escarpadas Montanhas
Os Picos Nevados.
Interdita a escapada.
... ... ...
A agonia de assistir!
Impotente!!!